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Das mais de 1.700 espécies distribuídas pelo mundo, cerca de 125 estão classificadas como pragas e 3 são de grande importância para o homem. São animais invasores, estão o tempo todo buscando novos abrigos e fontes de alimento. O crescimento ininterrupto dos seus dentes incisivos faz com que roam tudo que encontrar. Possui hábito noturno, saindo de suas tocas a luz do dia quando o nível populacional está muito elevado ou alimento disponível é insuficiente para alimentar a colônia. São onívoros, ou seja, comem de tudo, porém tem preferência por grãos e sementes. Possuem o sentido da visão muito pouco desenvolvido, porém os outros sentidos são bem aguçados.
1- Ratazanas (Rattus norvegicus)
Vivem nas galerias de esgoto, a beira de córregos e rios, terrenos abandonados, depósito de lixo e entulhos diversos. Podem criar tocas em canteiros e jardins. São hábeis nadadoras podendo acessar estabelecimentos pelo sistema de esgoto, Portas que não vedam com o chão, áreas de acúmulo e lixo ou objetos em desuso, caixas de gordura e ralos. É a principal espécie transmissora da leptospirose. A gestação das fêmeas dura de 22 a 24 dias com 08 a 12 ninhadas por ano e cada ninhada de 8 a 12 filhotes.
2- Rato de forro (Rattus rattus)
Vivem em sótãos abandonados, entulho, copas de árvores, porões de navios, forro das casas, armazéns, etc… É possível ver ratos de forro andando nos fios de grandes centros urbanos, escalando muros, portões, invadindo estabelecimentos comerciais por meio de telhado, buracos feitos para passagem de tubulações de ar condicionado, fiação etc.. A gestação das fêmeas dura de 20 a 22 dias com 04 a 08 ninhadas por ano. Cada ninhada de 7 a 12 filhotes, sendo sexualmente maduro entre 60 e 75 dias.
3- Camundongo (Mus musculus)
O principal meio de dispersão dessa espécie de roedor é por meio de caixas ou caixotes. De hábito preferencialmente intradomiciliar, Realizam seus ninhos em guarda-roupas, frestas de rodapés, fogões, despensas e móveis em geral onde notamos a presença de pelos, restos de alimentos, fiapos de pano, papel e outros detritos. Não tem uma relação com a dispersão da Leptospirose. Possui uma vida média de 12 meses, sendo sexualmente maduro entre 42 e 45 dias. A gestação da fêmea dura de 19 a 21 dias com 05 a 06 ninhadas por ano. Cada ninhada possui de 4 a 8 filhotes.
Musca domestica Linnaeus
A espécie mais comum é a Musca domestica. O corpo é dividido em três partes: cabeça, tórax e abdome. Inseto da ordem Diptera, subordem Cyclorrhapha, família Muscidae. Apresenta a maior parte da cabeça ocupada pelos olhos geralmente avermelhados ou cinzentos. As antenas são pequenas, filiformes e plumosas. Apenas um par de asas está presente, sendo que o par posterior está transformado em halteres. A função dos halteres ainda não é muito certa, mas alguns pesquisadores acreditam ter uma função sensorial quanto a umidade relativa do ar. Há também três pares de patas prensoras ligadas ao tórax.
O padrão de coloração varia conforme as subespécies. A mais freqüentemente observada apresenta a cabeça vermelha (devido a coloração dos olhos que ocupam a maior parte da cabeça), o tórax é preto e o abdome é amarelado com a separação dos segmentos enegrecidas. Outro exemplar freqüente que observamos, apresenta a cabeça avermelhada, o tórax cinza com listras longitudinais pretas e o abdome cinzento com listras verticais pretas. O tamanho também varia, assim como a coloração, e podem ser encontrados indivíduos de cerca de 0,5 cm até 1,5 cm. A metamorfose deste inseto é do tipo completa (holometábolos), apresentando um estágio larval, um de pupa e de adulto.
É um inseto cosmopolita ocorrendo em todo o mundo. É de vida breve, mas se reproduz intensamente neste período. O período de vida dura aproximadamente 2 meses, mas já foram observados exemplares que viveram até 4 meses. Desde a eclosão dos ovos até estar pronta para voar, passando pelo estado larval, o inseto demora 2 semanas. Quando no estado adulto a fêmea, depois de fecundada, põe de 400 a 600 ovos.
A dieta destes animais é extremamente variada. É de hábito caseiro e alimenta-se de restos animais, fezes, corpos em putrefação e toda a imundície que se pode imaginar. Alimenta-se também de produtos de consumo humano, principalmente de derivados de carnes e doces. Devido ao hábito imundo e o fato de pousar sobre o alimento de consumo do homem, acaba sendo responsável pela transmissão de várias doenças como a febre tifóide, bouba, carbúnculo, cólera, algumas formas de conjuntivite e disenteria.
A transmissão dos germes se dá pelas patas ou pelo aparelho bucal do inseto. Quando o inseto pousa nas fezes (ou qualquer outra imundice), os agentes patogênicos se prendem as patas e no aparelho bucal deste e os mesmos são deixados nos alimentos quando a mosca aí pousa.
Esta mosca, diferente de muitos dípteros, não pica, pois seu aparelho bucal é do tipo lambedor. Ao se alimentar o inseto regurgita uma secreção que digere o alimento e então este é lambido. Portanto a digestão começa, literalmente, fora do corpo. Assim como a mosca-verde, possui importante papel na ecologia, pois suas larvas decompõem animais mortos.
Periplaneta americana
De modo geral, as baratas sinantrópicas apresentam corpo oval, largo e achatado, cabeça curta e antenas longas e móveis, com função na comunicação, no reconhecimento do parceiro durante o cortejo de acasalamento e nas percepções de odores. Possuem elevada taxa reprodutiva, já que a fêmea é capaz de gerar dezenas de descendentes de uma única cópula com um macho. Esses insetos são, por excelência, onívoros e forrageiam à procura de comida e água durante à noite, devido a maior proteção contra predadores que a ausência de luz pode proporcionar. Esses insetos habitam o interior de fendas e rachaduras, onde encontram abrigo, calor, umidade e acúmulos de sujeira como restos de comida e entulho.
Entre as espécies sinantrópicas mais comuns de interesse médico estão Periplaneta americana, popularmente denominada de barata americana, barata vermelha, barata voadora ou barata de esgoto; a espécie Blatella germanica também conhecida como barata alemãzinha, “francesinha” ou paulistinha e a Blatta orientalis cujo nome popular é barata oriental. A barata americana é a maior espécie doméstica podendo chegar de 4 a 5 cm de comprimento. Ela apresenta uma coloração avermelhada com um bordo amarelo vivo no escudo protetor da cabeça e as asas, no macho, ultrapassam um pouco o comprimento do abdômen, enquanto que das fêmeas possuem o mesmo comprimento do corpo. Já a barata alemãzinha possui altíssima taxa reprodutiva sendo a espécie de maior freqüência nas cozinhas. É um inseto pequeno com comprimento aproximado de 1,5 cm e apresenta duas faixas longitudinais mais escuras no escudo protetor da cabeça. Por sua vez, a barata oriental, bastante comum no Brasil, caracteriza-se por não voar devido ao reduzido tamanho das suas asas. Têm coloração marrom escuro e os machos medem cerca de 3 a 4 cm de comprimento enquanto as fêmeas por volta de 2 a 3 cm. No Brasil, outras baratas domésticas também podem viver e reproduzir-se junto ao ambiente urbano, entretanto com menor freqüência ou em regiões específicas do País.
A presença dessas baratas no ambiente doméstico pode ser determinada pela observação do animal ou por meio das fezes, ovos ou pelo cheiro que exalam. Estima-se que num ambiente infestado com a espécie Blatella germanica (barata alemãzinha) existam aproximadamente 1.000 indivíduos no local. Por isso, a prevenção é a melhor maneira de evitar infestações.
As baratas sinantrópicas adaptaram-se bem ao meio ambiente urbano e convivem de modo desarmônico com a sociedade humana, já que, além do pavor que representam para algumas pessoas, podem carregar consigo patógenos prejudiciais à saúde. Entretanto, vale ressaltar que no seu ambiente natural esses insetos desempenham o papel ecológico de cicladores de nutrientes e de redução da madeira morta, aspectos fundamentais para manutenção da vida no planeta.
O sistema nervoso das baratas segue o padrão dos artrópodes com o gânglio cerebral sendo regionalizado e inervando partes determinadas dos olhos, antenas e peças bucais, bem como, glândulas salivares e musculatura. Corpos glandulares e certas células neurosecretoras regulam o crescimento e a metamorfose. Seu sistema respiratório é composto por traquéias, isto é, um complexo de túbulos que se abrem para o exterior através de pequenas aberturas na parede do corpo e que conduzem o oxigênio do ar diretamente às células. O sangue das baratas é denominado de hemolinfa, um fluído, no geral incolor, contendo células especiais para a coagulação, defesa contra microorganismos e substâncias estranhas, cicatrização e distribuição de nutrientes. Tanto as peças bucais como o trato digestivo têm adaptações à dieta alimentar das baratas e o armazenamento, a síntese e regulação de açúcares, gorduras e proteínas são realizadas por um tecido que recobre o tubo digestório.
As formigas, o grupo mais popular dentre os insetos, são interessantes porque formam níveis avançados de sociedade, ou seja, a eusocialidade. Todas as formigas, algumas vespas e abelhas, são considerados como insetos eusociais, fazendo parte da ordem Hymenoptera. As formigas estão incluídas em uma única família, Formicidae, com 12.585 espécies descritas até 2 de setembro de 2010, distribuídas por todas as regiões do planeta, exceto nas regiões polares. As formigas são o gênero animal de maior sucesso na história terrestre, constituindo de 15 a 20% de toda a biomassa animal terrestre. As sociedades das formigas são organizadas por divisão de tarefas, muitas vezes chamados castas. As tarefas podem ser distribuídas pelo tamanho e/ou pela idade do indivíduo.
A função da reprodução é realizada pela rainha e pelos machos. A reprodução é feita pelo vôo nupcial. A rainha vive dentro do formigueiro, é maior que as restantes formigas, perdem as asas depois de fecundada e durante toda a sua vida põe ovos. Os machos aparecem apenas quando é necessário fecundar uma nova rainha, o que acontece durante um vôo em que participam milhares de fêmeas e machos alados; depois da fecundação, os machos não são autorizados a entrar no formigueiro e geralmente morrem rapidamente. As restantes funções – procuram de alimentos, construção e manutenção do formigueiro e sua defesa – são realizadas por fêmeas (que não possuem asas, para maior mobilidade no formigueiro) estéreis, as obreiras. Em certas espécies, as obreiras que realizam as diferentes funções estão também divididas em castas. Normalmente, as que se ocupam da defesa – ou para o ataque, uma vez que algumas espécies são predadoras de animais que podem ser maiores que elas – têm as peças bucais extremamente grandes e fortes.
Existem também outras 2 funções: a de operário e a de soldado. As operárias tomam conta da cria (ovos, larvas e pupas), fazem a limpeza do formigueiro e coletam o alimento. Já as formigas soldados guardam a entrada do formigueiro sem descanso. As formigas são úteis porque podem ajudar a exterminar outros insetos daninhos e a aerificar o solo. Por outro lado, podem tornar-se uma praga quando invadem as casas, jardins e campos de cultivo. As “formigas-carpinteiras” destroem a madeira furando-a para fazer os seus ninhos. Algumas espécies, chamadas “formigas-assassinas”, têm a tendência de atacar animais muito maiores que elas, quer para se alimentarem, quer para se defenderem. É raro atacarem o homem, mas podem dar picadas muito dolorosas e, se forem em grandes números, podem causar dano permanente ou matar por alergia grave. Desde a etapa em que são ovos, até se tornarem adultas, as formigas demoram entre 6 a 10 semanas. Em geral as operárias podem viver alguns meses, com algumas espécies podendo viver aproximadamente 3 anos. As rainhas vivem mais do que as operárias, sendo que a maior longevidade foi registrada na espécie Pogonomyrmex owyheei, que atingiu uma idade de 30 anos. As formigas aparentemente vivem mais quando são alimentadas com o mel de rainha.